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Doutor em Direito destaca papel do prático na prevenção de acidentes

O advogado Osvaldo Agripino de Castro Jr. destacou a importância da praticagem na prevenção de sinistros

Em live sobre o acidente ocorrido, em fevereiro, com o navio Stellar Banner, no Maranhão, o advogado Osvaldo Agripino de Castro Jr. – doutor em Direito e ex-oficial da Marinha Mercante – destacou a importância da praticagem na prevenção de sinistros. O evento foi organizado pelo programa de mestrado e doutorado em Ciência Jurídica da Universidade do Vale do Itajaí (SC).

Agripino conversou com o ex-diretor-geral da Marinha Mercante do Paraguai e investigador de acidentes e sinistros marítimos pela Organização Marítima Internacional (IMO), Oscar Benito Cortessi, que fez uma análise sobre o acidente. A embarcação navegava em área de praticagem facultativa e saiu do canal em trecho com profundidade inferior ao seu calado.

– Se estivesse com prático (a bordo), com certeza não teria acontecido isso. Temos uma função de extrema relevância que é atividade da praticagem, que é aquele profissional (o prático) que conhece mais sobre a problemática e o canal naquela região. (…) Quando eu viajava em linhas do Japão, dos Estados Unidos e da Europa, em qualquer lugar do mundo onde você chegava num porto e o prático no passadiço, eu e o comandante ficávamos com sorriso largo no rosto. (…) O prático é aquele anjo que chega ali para dar paz e segurança para a navegação – ressaltou Agripino, que foi visiting scholar na Escola de Direito da Universidade de Stanford e senior fellow do Centro de Negócios e Administração Pública Mossavar-Rahmani, da Universidade de Harvard.

Para o advogado, o Brasil tem os melhores profissionais de praticagem e está entre os cinco menores índices de sinistros na navegação no mundo:

– O silêncio é o melhor sinal de que estamos tendo um bom serviço.

Ele lembrou ainda que a atividade no país investe fortemente em recursos que aumentam a segurança no tráfego nos mares e rios. Entre eles, citou a aquisição de marégrafos, a realização de batimetria constante e a modernização de centros operacionais (atalaias). Por fim, defendeu a independência funcional da praticagem no Brasil, que garante sempre a tomada de decisões técnicas, com foco na prevenção de acidentes.

Fonte: praticagemdobrasil.org.br
Foto: Marinha do Brasil